Conforme a TR Soluções, empresa de tecnologia especializada em tarifas de energia, tendência é que o custo do serviço cresça mais no próximo ano
Em 2021, o aumento no valor cobrado ocorreu pela maior crise hídrica dos últimos 90 anos. Conforme o levantamento da TR Soluções, a conta de luz ficará 13% mais alta no ano de 2022.
Para se ter noção, a crise hídrica nas usinas hidrelétricas culminou na produção de 63,2% da capacidade do Sistema Interligado Nacional (SIN). Na prática, as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte do Norte foram afetadas pela redução.
O Governo Federal acionou usinas termelétricas cuja produção energética é mais elevada para atender a demanda.
Na Medida Provisória (MP) da privatização da Eletrobras, por sua vez, foi incluído um adendo que obriga a contratação de 8 GW em termelétricas a gás natural de maneira permanente.
Conforme a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a construção da infraestrutura deve gerar um custo adicional de R$ 50 bilhões de reais aos consumidores em 20 anos.
Outra MP deste mês cita empréstimo às distribuidoras de energia para bancar medidas emergenciais para suprir a energia necessária em 2022. Conforme a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o valor dos empréstimos é de de R$ 14,8 bilhões.
Fatura Mais Cara em 2022
A TR Soluções afirma que a quantia citada acima pode reduzir em cerca de dez pontos percentuais a variação média das tarifas esperadas para o próximo ano. Porém, isso deve elevar a fatura de luz do consumidor.
Segundo o estudo, o cenário fica mais preocupante se considerar que, sem novos empréstimos às distribuidoras, quatro dentre as 19 concessionárias de luz consultadas mensalmente pelo IBGE para o IPCA terão reposicionamento tarifário superior a 30%.
Redação WebArCondicionado – Com informações da IstoÉ Dinheiro
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