Iniciativa é inédita no Brasil e é utilizada em construção da USP, em São Paulo
Uma pesquisa inovadora vai colocar o Brasil no mapa dos países em que a energia do solo é usada para climatizar edifícios O estudo aconteceu na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) USP e está colocado em prática na construção do prédio CICS Living LAB, em São Paulo.
No exterior, o emprego da tecnologia para climatizar edifícios, baseada em energia geotérmica, mostra que é possível economizar no consumo de energia elétrica. Assim, a tendência é que diminua o peso do ar-condicionado na luz consumida em prédios.
Thaise Morais, do Departamento de Geotecnia (SGS) da EESC, é a idealizadora do estudo, que é o primeiro a analisar as condições de clima e do solo para uso da tecnologia no país. Mas como a energia do solo vai climatizar os edifícios?
Como o solo é usado para climatizar os edifícios?
De acordo com Morais, em reportagem do Jornal da USP, a energia geotérmica está na crosta terrestre, aparecendo no solo, nas rochas, até mesmo nas águas e pode ser reconhecida pela temperatura. Por meio da troca térmica nas fundações da edificação, a energia é levada à superfície.
Para absorver ou rejeitar o calor do solo, são usadas as estacas da fundação da construção, que ficam enterradas em contato com o subsolo, considerado uma área ampla de contato para a troca térmica.
Em tubos instalados no interior, a energia térmica é transferida para a superfície, que pela bomba geotérmica, vai realizar a substituição de calor entre o subsolo e os ambientes do prédio.
Conforme Morais, o sistema é eficiente para aquecer ou resfriar os ambientes e na redução do consumo de luz. “O uso destas estruturas tem sido incentivado na Europa pelo governo a fim de reduzir os gastos e a emissão de dióxido de carbono”, contextualiza.
Energia do solo na climatização pelo mundo
A energia do solo pode ser usada para climatizar qualquer edifício. Porém, devem ser observadas as características térmicas do subsolo, como é o clima e qual será a demanda térmica da construção naquele lugar.
Nos últimos 20 anos, países da Europa e os Estados Usados aplicam a tecnologia para climatização de edificações. Sem falar na crescente procura por fontes alternativas de energias que sejam limpas e renováveis.
Isso mostra a importância da energia do solo para climatizar edifícios, como ocorre na construção do CICS Living LAB, em São Paulo. Se pensa em usar a tecnologia, infelizmente ainda não há custo certo no Brasil. Porém, o investimento pode valer a pena a longo prazo pela economia nos gastos com energia elétrica.
Redação WebArCondicionado – Com informações do Jornal da USP
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