Conjunto de equipamentos permite a redução de eletricidade em 2%
Localizado no Centro Hospitalar da Polinésia Francesa, em Pirae, o equipamento fica em uma cidade no norte do Taiti. Considerado o maior do mundo, o sistema de ar condicionado de água salgada economiza 2,5 milhões de euros de eletricidade por ano.
No total, são três bombas do SWAC capazes de extrair um milhão de litros de água por hora em uma profundidade superior a 900 metros no Oceano Pacífico. A explicação para isso é a temperatura muito mais fria lá na comparação com a superfície: a água é de 5°C
Ao conectar o sistema de ar condicionado ao duto subaquático de 3,8 quilômetros de extensão, o centro hospitalar deixa de usar mais eletricidade para produzir frio. Isso permite a redução de consumo em 2% na ilha do Taiti.
No entanto, não se trata apenas de injetar água do mar em dezenas de quilômetros de tubulações até o complexo de saúde.
David Wary, engenheiro da empresa local Airaro, envolvida no processo, explica que o SWAC permite, com baixíssimo consumo de energia, colocar água fria do mar e água doce da rede de ar condicionado em contato térmico, por meio de millefeuille de placas de titânio.
“Esse sistema de troca não requer mistura de água: a água do mar, depois de ser transmitido suas frigórias (unidade de medida da quantidade de frio), é lançada no oceano sem sofrer qualquer alteração”, contextualiza Wary.
Características Especiais são Necessárias para a Climatização
Conforme explica Cathy Tang, gerente de projetos do serviço de energia da Polinésia Francesa, o preço é um ponto a ser considerado, pois o sistema custou 31 milhões de euros, com previsão de retorno entre dez e quinze anos.
O problema é que a vida útil estimada pelo sistema é de 30 anos, ou seja, depois ele precisa ser remontado. A energia verde já é usada em dois hotéis: em Bora-Bora, em que o SWAC está há vários anos, e em Tetiaroa, para climatizar o super luxuoso eco-hotel The Brando.
Esta é a primeira vez que uma estrutura pública financia um SWAC na Polinésia, sendo o hospital mais poderoso do que os outros dois juntos.
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De acordo com Teumere Mu, chefe dos serviços técnicos do centro hospitalar, o sistema de ar-condicionado hospitalar consome 9 milhões de quilowatts-hora [kWh] a cada ano para produzir água fria para 1,6 mil unidades de ar-condicionado, com 84 unidades de tratamento de ar de sala cirúrgica, polia, scanner, em todo o centro hospitalar.
Ele estima que o hospital vai economizar mais de 2,5 milhões de euros em eletricidade por ano. O governo já projeta outras construções com este sistema, como o Instituto do Câncer do país.
Redação WebArCondicionado
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