Assunto foi levantado pelo portal ACHR News, dos Estados Unidos, mas também fica o alerta para o Brasil
No final de 2021, o Congresso norte-americano aprovou a Lei Americana de Inovação e Fabricação (AIM), que deu à Agência de Proteção Ambiental (EPA) autoridade para reduzir os refrigerantes HFC para 15% de seus níveis básicos até 2036.
Os cortes começam com uma redução de 10% neste ano. Está previsto o corte acentuado em 2024, quando a produção deve ser reduzida para 60% da linha de base estabelecida pela EPA.
A expectativa é de que o custo dos refrigerantes HFC aumentarão. Isso porque a redução gradual do HFC foi projetada para criar desequilíbrio econômico entre a oferta e a demanda.
Em termos de economia básica significa que haverá oferta reduzida, escassez e, após, aumento de preços. Para lojas menores, substituir equipamentos de refrigeração de alto PAG (Potencial de aquecimento global) requer um grande investimento.
Assim, a redução de HFC prejudicará pequenos comércios, pois opções de baixo PAG, como CO2, amônia ou R-290. A saída usada pelas empresas menores é optar pelo retrofit para soluções de PAG reduzido, como o R-448A ou o R- 449A.
A criação de uma loja, com aparelho novo, resultará na instalação de equipamentos de refrigeração com um PAG inferior a 150, o que significa investir em sistemas mais caros.
Em pequenas lojas, o orçamento costuma ser limitado e a substituição de máquinas de refrigeração poderia prejudicar o caixa da empresa. Mesmo a opção menos dispendiosa de
retrofit para uma solução de baixo PAG pode estar fora de questão.
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Por isso, os pequenos comércios provavelmente continuarão a reparar os equipamentos existentes pelo maior tempo possível, mesmo que seja maior quando o custo dos HFCs aumentarem.
Comércios Fechados Gerarão Muitos Problemas
Conforme Aaron Daly, diretor do Ratio Institute, as lojas podem ser impactados negativamente apenas pela própria Lei AIM, que aumentará o custo dos preços do refrigerante, prejudicando sua capacidade de cumprir a legislação.
“As lojas independentes são muito menos capazes de responder às políticas criadas para lidar com a redução gradual dos refrigerantes”, afirma Daly, representante da organização norte-americana dedicada a acelerar a sustentabilidade no varejo de alimentos.
De acordo com Daly, a maioria dos pequenos comércios não tem dinheiro para fazer as reformas:
“Essas lojas têm balanços muito menores, dificultando a obtenção de financiamentos com juros baixos. Em última análise, se o custo se tornar muito alto, as lojas podem fechar, impactando as comunidades com a queda na disponibilidade de empregos, exacerbando as desigualdades econômicas”, contextualiza o diretor.
Refrigerantes Ilegais Podem Ganhar Força
Ainda não se sabe quanto custarão os HFCs quando os cortes de produção começarem, mas quando a Europa começou a reduzir gradativamente os refrigerantes com alto PAG há alguns anos, o valor disparou cerca de 1000%.
Os empreiteiros precisaram lutar para encontrar refrigerantes a qualquer preço, e um mercado ilegal desses itens continua sendo problemático na Europa.
Em pequenos comércios isso poderá trazer prejuízos para as comunidades de diversas localidades, pois se fecharem as portas, os clientes perderão o acesso imediato aos alimentos frescos e saudáveis para alimentar suas famílias, sendo uma tragédia.
Redação WebArCondicionado
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