O sistema faz parte da primeira plataforma da nova geração de FPSOs da Petrobra
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Saiba como será a participação da Mayekawa no sistema de refrigeração para a P-78 – Imagem: reprodução

A Mayekawa do Brasil avança em 2023 em grande estilo. Isto porque a multinacional acaba de concluir o sistema de refrigeração que fará parte da P-78, a primeira da nova geração de FPSOs da Petrobras.

É uma Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência (em inglês, Floating, Production, Storage and Offloading), sendo a mais utilizada no desenvolvimento dos Campos Offshore no Brasil, usada principalmente em águas profundas e ultra profundas.

Para o diretor comercial da Mayekawa do Brasil, Silvio Guglielmoni, é um projeto 100% especial, porque entre outros desafios, este foi um dos maiores projetos de engenharia já realizado pela  empresa, que tem como destino o campo de Búzios, na Bacia de Santos, onde a plataforma petrolífera será instalada.

O equipamento em questão é um sistema de refrigeração, denominado Hydrocarbon Dew Point Control Unit – responsável pelo resfriamento e tratamento do gás natural a bordo da FPSO.

Como Funciona Sistema de Refrigeração P-78

Uma de suas funções principais é o processamento primário do petróleo extraído do reservatório, separando o óleo do gás datural e dos diversos contaminantes. Por exemplo, gases tóxicos e água oleosa.

Após essa separação, há o armazenamento do óleo produzido em tanques. Posteriormente, a transferência (em inglês, offloading) deste óleo para um navio aliviador.

Como possui grandes capacidades de armazenamento e uma planta de processamento (em inglês, Topside) capaz de produzir grandes quantidades de óleo, o FPSO é a UEP ideal para ser utilizada em Campos. em que a produção ocorre com grandes distâncias da costa brasileira.

“No Brasil, o gás natural precisa passar por processamento para atender às especificações da Resolução N° 16, de 17 de junho de 2008, da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)”, informa o supervisor comercial, Flávio Figueiras.

Ele prossegue: “Um dos modelos mais eficazes e que vem sendo implementado ultimamente nos novos projetos de plataformas de produção de petróleo offshore para o controle de dew point de gás natural é o sistema que utiliza um ciclo de refrigeração para este processo.

De acordo com Figueiras, é considerado um processo simples e de médio investimento, podendo gerar gás especificado para venda, se caracterizando pela presença de uma fonte externa de resfriamento para o gás natural.

“É utilizado em unidades de processamento de gás natural para controle de ponto de orvalho”, explica Figueiras.

Segundo Guglielmoni, neste projeto foram construídos quatro skids que serão interligados entre si e cinco vasos de pressão – referentes ao processo da P-78.

“O fracionamento foi uma especificação feita pelo próprio cliente, em que a Mayekawa cumpriu o requisito de forma muito eficiente”, destaca Guglielmoni.

Ainda, o sistema de Dew Point Control, da Mayekawa, foi escolhido para o projeto P-78 por se demonstrar a melhor opção em termos de custos, atendimentos as normas internacionais e da Petrobras e, também, devido ao alto conteúdo local fornecido”, contextualiza Guglielmoni.

Maior Sistema de Refrigeração da Mayekawa do Brasil

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Funcionários ao lado do sistema de refrigeração da P-78

Considerado o maior projeto em tamanho da Mayekawa do Brasil – O tamanho total do equipamento, considerando a área construída, é de 190 metros quadrados com capacidade de 4892kW.

O equipamento pesa cerca de 224 toneladas. O projeto da P-78 é o maior também em tempo de construção: 15 meses e estrutura de engenharia envolvida.

“Nos anos de 2005 e 2007 ,a Mycom Chemical Process do Brasil – antigo nome da Mayekawa -, fabricou as unidades de tratamento de gás do polo de Cacimbas (ES), que também tinham proporções muito grandes. Porém, é certo que as da P-78 são ainda maiores”, confirma Figueiras.

Sobre P-78

É a primeira da nova geração de FPSOs da Petrobras. O projeto é resultado de dez anos de aprendizado nos ciclos de projeto, construção, partida e operação de plataformas de produção no pré-sal.

A unidade incorpora as melhores soluções técnicas e de gestão de engenharia identificadas por meio do programa corporativo Projeto Referência, que culminou com a definição de um modelo de unidade de produção a ser utilizada no pré-sal.

“Para o FPSO de referência, focamos em maximizar o valor econômico dos projetos de desenvolvimento de produção, enquanto incorporamos novas tecnologias de baixo carbono, maior eficiência e compatibilizamos os sistemas à magnitude e complexidade dos poços do campo Búzios”, afirmou João Henrique Rittershaussen, Diretor de Desenvolvimento da Produção da Petrobras,.

Com capacidade de processamento diário de 180 mil barris de óleo e de 7,2 milhões de m³ de gás, a P-78 incorpora as seguintes soluções:

  • Ampliação da eficiência energética;
  • Novas tecnologias de separação e reinjeção de CO2;
  • Redução da queima de rotina, entre outras.

O projeto prevê, ainda, a interligação de 13 poços ao FPSO, sendo 6 produtores e 7 injetores, por meio de uma infraestrutura submarina composta por dutos rígidos de produção e de injeção e dutos flexíveis de serviço.

Sobre Campo de Búzios

O campo de Búzios é um ativo de classe mundial, com reservas substanciais, baixo risco e baixo custo de extração.

Deve chegar ao final da década com a produção diária acima de 2 milhões de barris de óleo equivalente por dia, tornando-se um ativo com maior produção.

Com informações da Mayekawa do Brasil 

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