Fundamental para o crescimento do país, a refrigeração industrial no Brasil teve aumento médio na última década de 16% a 22% por ano
Mercado de refrigeração industrial em crescimento no Brasil.
O segmento de refrigeração industrial trabalha para atender às demandas de produção de alimentos. Pelo cenário projetado, será preciso incrementar a produção mundial de alimentos. No Brasil, a produção é uma atribuição do agronegócio, que abastece internamente e exporta, o que é expresso no PIB (Produto Interno Bruto).
Com a pauta ambiental em debate, a indústria tem o desafio de criar soluções que envolvem a redução de consumo energético, para reduzir os impactos ambientais. Nesse sentido, o aumento da produtividade deve vir acompanhado de procedimentos de melhorias na eficiência da produção e da redução de custos, protegendo a segurança alimentar e o meio ambiente.
A relação entre a refrigeração industrial e a produção de alimentos não poderia ser mais íntima. Se o mercado interno depende do abastecimento e a economia brasileira depende das exportações, a refrigeração é a estrutura que garante a produção, por meios técnicos que envolvem, por exemplo, o armazenamento adequado.
O papel da refrigeração se torna maior quando o Brasil centraliza sua economia na produção vinda do agronegócio. Não à toa o mercado de refrigeração industrial no Brasil apresentou, nos últimos 10 anos, crescimento em média variável de 16% a 22% por ano. Esses dados podem ser interpretados de várias formas.
Primeiramente, a importância crescente do agronegócio para o país vem demandando mais o setor de refrigeração. O progresso e a evolução de novos conceitos e tecnologias em sistemas de refrigeração industrial agregaram valor às empresas do setor de refrigeração industrial.
O crescimento desse setor pode ser comparado ao de outros países, como Estados Unidos e China, que estão entre os principais produtores de alimentos. Hoje a produção brasileira corresponde a aproximadamente 18% do montante mundial.
Perspectiva para o Mercado de Refrigeração Industrial
Em 2050, a expectativa é de que chegue a aproximadamente 35% da produção mundial. Sabendo dessa tendência, a cadeira de refrigeração industrial vem se preparando para a demanda.
Recentemente, tivemos a eclosão da pandemia de coronavírus no mundo, e os preços globais dos alimentos aumentaram em média 38% nos últimos 18 meses. Como o momento é de incerteza, tanto sobre a economia brasileira quanto às condições sanitárias, países aumentaram seus estoques reguladores de alimentos para garantir seu abastecimento.
O contexto contribuiu para o crescimento do agronegócio brasileiro, cujas atividades necessitam de equipamentos para resfriamento e congelamento. Apesar da infelicidade que representa a pandemia, o mercado de refrigeração industrial está em crescimento.
Especialmente as empresas detentoras de tecnologias que trabalharam com rapidez em relação a produtos que precisam ser exportados em condições específicas, como é o caso dos congelados. A rápida resposta do setor mostra que a tendência de crescimento para os próximos anos está assentada nessa realidade.
O Brasil produz em média seis vezes mais a quantidade necessária de alimentos para sua população, figurando entre os três maiores produtores e exportadores mundiais. Isso faz o setor de refrigeração naturalmente acompanhar essa tendência.
Automação no Mercado de Refrigeração
Por sua vez, a área vem trabalhando com a digitalização e automação de seus processos. A automação era inevitável antes mesmo da pandemia, porém se acelerou significativamente com as necessidades e os desafios condicionados pela covid-19.
Com a internet das coisas (IoT), foi exponencialmente ampliada a capacidade de capturar, acessar, interpretar e analisar dados para fornecer soluções de gerenciamento de instalações de refrigeração industrial.
O trabalho de manutenção de sistemas de refrigeração precisa ser realizado por sistemas automatizados com monitoramento remoto capazes de coletar, calcular e demonstrar o comportamento das variantes do sistema em tempo real.
Assim permite aos profissionais especializados executarem brevemente suas funções, ações de orientação, de correção e de prevençãos de alta precisão, vai ser mais fácil e seguro – inclusive para o corpo técnico – manter os sistemas de refrigeração em funcionamento.
A automação, portanto, deve garantir o crescimento do setor para os próximos ano, mas não só por causa da necessidade histórica de termos uma produção eficiente, com redução do consumo de água e energia, ou seja, buscando uma operação calcada na sustentabilidade.
Com informação da Febrava
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